quarta-feira, 20 de outubro de 2010

É apenas mais um

É apenas mais um entre tantos que estão para vir, entre tantos que serão para descobrir e entretanto sofro pela proximidade da esquina que nada vejo para lá dela.
É apenas mais um que passo com a alegria de quem vive e não quer deixar de ser, a angústia de quem sofre para não desaparecer.
É apenas mais um em que me aparecem outros para mo dizer, é apenas mais um....

Mas entre tantos outros que quero fazer este é aquele que nada mais me faz querer continuar nesta ambiguidade de coisas que mais nada dizem do quanto eu quero ficar e estou cá para gostar

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Natural Blues

The melancholic that walks with my sadness of being condemned to a painless demon. The anguish of being a slave to a such lesser beast. It troubles me so hard that doesn't anyone knows my trouble with god.

domingo, 10 de outubro de 2010

Abúlia

Sentado, apático, sem movimento qualquer apenas sinto e desvaneço.Ter 05 Out 2010 02:33:24
Não me aparece nada até que a angústia de não sentir me toma, e agora sorrio por finalmente sentir para que logo depois me entristeça do que me rio. Sab 09 Out 2010 02:34:01
Deitado, esquecido, cresce a indeferença da qual apenas nada posso fazer, contra a qual não há a vitória.Dom 10 Out 2010 02:31:20

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Ninguém

Abandonado pelas ruas do chiado, entre cafés e bares, encostado aos caixotes, tapado com cartões e jornais. Vejo e ouço passar quem mais estranha e quem mais se habitua, cosmopolitas e deambulantes, empresários e artistas. Miscelânea de cores e de outras sensações. De dia e de noite, passam as mesmas cores aleatórias, as mesma pessoas ao acaso.  Gente que passa e que retorna, que foi e nunca deixou de ser. Mas eu não passo nem retorno, fico ausente no mesmo sitio. Não sou nem existo, apenas resisto.
Sou já a pedra que para nada existe.

A Anarquia Possível

Desde o inicio que foi considerada uma utopia ou uma maneira de viver uma vida fácil. Utópica porque toda a gente viveria como quereria e fácil, porque o que queremos é uma vida de ócio. Há que desmentir isto.
No primeiro passo há que mostrar que a anarquia é, acima de tudo, uma filosofia política que engloba teorias, métodos e acções que objectivam a eliminação total de todas as formas de governo compulsório. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias. A anarquia não é só uma questão de libertação mas também uma questão de uma responsabilização moral e ética.
Nesta questão temos três tipos de anarquia. Uma anarquia socialista, uma capitalista e outra anarquia apenas pelo prazer da liberdade. Definirei as três aqui. Começarei pela a última.
Uma anarquia pelo prazer da liberdade:
  1. A anarquia pelo prazer da liberdade é uma anarquia destrutiva em que ninguém, nem o individuo que a pratica nem a sociedade a que pertence, beneficia com esta ideologia.
  2. Tem como missão dar ao seu praticante aquilo que mais pretende sem olhar a meios, nem mesmo à destruição do seu praticante.
  3. A liberdade conseguida pelo praticante atacará de tal forma a sociedade que a sociedade atacará o praticante.
Uma anarquia capitalista:
  1. Uma anarquia capitalista tem como fundamento, como numa sociedade capitalista, o sentimento de posse. O sentimento de posse capitalista esta criado num mundo consumista, na qual cada pessoa tenta ter o mais possível e comparar-se ao próximo de modo a superiorizar-se.
  2. Baseia-se não no conjunto de pessoas capazes de superarem situações mas no culto de um individuo na qual as pessoas seguem sem a critica necessária.
  3. Ao centrar-se num individuo a sociedade conseguirá evoluir até um certo ponto até que estagnará e devido ao culto formado a sociedade trabalhará não para si própria, mas para o individuo supremo.
  4. Também devido ao seu consumismo esta sociedade gastará os recursos sem ter planeado a sua própria renovação. (algo semelhante ao presente).
Uma anarquia socialista:
  1. Uma anarquia socialista é a própria responsabilização moral, em que uma sociedade organiza-se para construir-se a si própria. Em que não é o culto do individuo o mais interessa mas a organização, sem hierarquização de classes, do conjunto de pessoas mais adequadas para a cada trabalho.
  2. Ao praticamente eliminar o culto do individuo abre-se completamente ao uma sociedade virada para o futuro em comunidade pelo bem geral.
  3. Ao centrar-se na comunidade e no mais apto para cada função a descriminação e o preconceito serão de tal maneira abalados que se irão auto-destruir.
  4. A própria sociedade construirá as suas cidades com a organização dos possíveis recursos dados.
Em suma a anarquia apela à responsabilização do homem e pelo o qual a sociedade deverá acreditar para que possa evoluir como homo sapiens sapiens somos.