sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Western Eyes

Os inocentes esperam deitados que a morte os venha assistir. Os olhares que se esquecem atiram todo a imundice para cima de nós. E temos que aguentar tudo embora seja tão ou mais quebradiço que eu. Valores que nunca ninguém quis saber e que poucos apelidaram de originalidade. Deixas-me nu e tenho que me contentar com frio que deixaste quando partiste.
No entanto rendo-me a ti como fiel seguidor ou animal domesticado com medo de fazer porcaria. Sou mais um que se desiludiu pois esperava que a noite caísse.


Por Diogo Heleno

Pensa

Anatomicamente correcta, fisionomia não anoréctica. Hormona misturadas com feromonas entornavam e libertavam o meu instinto animal. Como Darwin disse é a sobrevivência do mais apto e deus proclamou procriem. Não é que seja imoral ou até anormal, pois o que é que existe senão o racional para quem não se rege pelas críticas da normalidade.
Chega de decadência religiosa ou de penitência. Ou então desaparecemos pela morte irresponsável que deixa os restantes vivos. Sou só eu que me apercebo de que somos nada nisto tudo.
Mas ela nada fez para merecer esta tempestade de ideias concretas. Faço o que tenho a fazer e desapareço na madrugada para não ter que aturá-la.

Por Miguel Sousa

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Retrospectiva de um amor Profundo

De retorno a um mundo de fascinação, de transformação. A ser feito por um puto, por uma criança de metamorfismo transcendental. Desde que apareceste tornaste-me em algo mais, já cansado de ser outro motivaste, voltei a ser o que era, ambicionava outra vez conhecer tudo, de ler tudo e de que tudo me mostrasses. Uma cegueira branca, tapando e cobrindo todo o relevo toda a sombra ao que me tapaste com uma mão os olhos e voltei a ver o escuro, o que desconhecia e amei ser de novo um ignorante. Sei que me aparecias numa miragem dentro da brancura, mas desconhecia a força que essas raízes guardavam e que ao libertarem-se estrangulavam toda a fraqueza que me rodeavam. E preciso que não desapareças, que me faças ambicionar novamente mais e que eu possa voltar amar o que eu desconheço.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Redondo Vocábulo

Clamando vingança, nos degraus de Laura. E na rua vivia-se uma brincadeira que nunca mais se acabava, era um desvario de imagens tristes e famintas. No quarto dançava-se entre tambores em chamas pedindo um término ao sofrimento. Esperando calmamente entre salas com um ar pesado que educa, este era o destino a quem se revoltava.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

The Crawl

Não sei se me respondes.
Apetece-me dizer que pesaste demasiado, que fundiste-te e criaste a tua própria gravidade. Entre a tua enormidade, entre a tua integridade e entre a tua mentalidade vi que sofreste uma monstruosidade mas sempre te mantiveste com demasiada complexidade. Somos arrogantes em pensar que morremos para sempre ou que existimos para nunca, enquanto te divides por zero sei que a tua mente cresce para o infinito e se te repartes para o negativo o teu módulo é tudo menos depreciativo. Temos um futuro demasiado nublado para saber o que vem a seguir mas sei que nunca te verei como um passado, nem como um ausente.
E se no futuro ficar ausente, aparece que o mundo tem muito sabor para nos dar.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Adoro voltar a pegar neste teclado e seguir pelo rio fluído que me ele indica, adoro sentir que nada me falta e me faz tudo feliz, saudades de adorar que me digam gostei, tristeza que me fez faltar a ideia do que vou escrever.
Mas agora agarro a ideia que me faltava e continuo a corrente que me impede de parar

segunda-feira, 16 de abril de 2012

LVHC

Medo de morte, medo de olhar,
because ain't no such things as halfway crooks.
Putos de 19 capazes de sonhar, capazes de levitar.
Sempre saudosistas, sempre anarquistas,
preparados para a morte, riscados para a vida.
Meditação de 1612 metros, cinco dragões para nos ensinar
e a natureza é a sua irmã.
Na rua a cura é fumar e beber, como os cotas antes de o serem,
e a todo o momento decora valete e haloween, declama west e east,
rebenta system, faz o seu beat
e constrói o motor da vida.
Reclama na sua rima improvisada, aproveita no seu mundo cinéfilo aquilo a que vida não lhe dá, nós temos que ser felizes por ainda estarmos cá.
Wake up!
Choro quando a juventude tem que me deixar.
Não haverá nascer do sol quando eu desaparecer daqui.

So after the laughter, I guess comes the tears