domingo, 25 de abril de 2010

25 de Abril Sempre

Talvez estejamos demasiado habituados à liberdade e por isso demasiado ocupados para ser livres. Somos cada vez mais desinteressados pelos os nossos direitos e menos preocupados com os nossos deveres. Mortos como povo, demasiado vivos como indivíduos para sermos um só. Com medo sermos Abril, de sermos primeiro de Maio, de todos nós sermos a a voz que canta uma pátria mãe do mundo.

25 de Abril Sempre
Fascismo Não
O Povo Unido Jamais Será Vencido
O Povo Vencido Jamais Esteve Unido
We are not enemies, but friends," said the 16th president. "We must not be enemies. Though passion may have strained it must not break our bonds of affection. The mystic chords of memory, stretching from every battlefield and patriot grave to every living heart and hearthstone all over this broad land, will yet swell the chorus of the Union, when again touched, as surely they will be, by the better angels of our nature."

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Poço de Mimir

Seiva da árvore da vida, corre por ela como magia. Faz tudo crescer à volta dela. Suporta todos os mundos, todos os paraísos, todos os infernos. Desejado por todos os Reis, por todos os guerreiros. Querem força e poder. Ambicionado por todos os vates, por todos os poetas. Querem um som alto e sublimado,
um estilo grandíloquo e corrente. Ansiado por Deuses, por Mortais. Querem viver mais que o outro.
Só peço um gole que me ajude. Um cheiro do seu aroma. Para saber mais longe. Para compreender mais do pouco que conheço. Mas não sei que devo sacrificar, não sei o que mais eu quero.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Mata, esfola, fode

Mata, esfola, fode. Tenta chegar ao cimo. Tenta acabar a montanha. Tenta tirar os transeuntes. Distrais-te com alucinações. Ópio, Vodka, Ácidos, Absinto e Sexo. Tudo distracções tudo maravilhoso. Perdeste o momento da subida. Ficas atrás de jovens mais gananciosos, velhos mais experientes.
Esquece a subida, apanhas só uma parte da vida. Avança com velocidade moderada. Ganhas calos com as alucinações. Ganhas cor com as distracções. Sexo com ópio, Vodka com ácidos, Absinto com sexo. Até tudo junto. Tenta overdoses, tenta a morte, tenta o universo. Morres sozinho como Rei do mundo. Faleces acompanhado como Escravo do Mundo.
Escolhe tu.

Radar

Radar ligado. Presta atenção a tudo, apanho submarinos inexistentes. Vinte mil léguas submarinas, aéreas e terrestres. Descubro até ao espaço sideral. Não reconheço icebergues que aparecem a um metro de distância. Esfolo-me por olhar até ao meio metro.

Fictício

Sou fictício, só existo na minha criação e mesmo assim mal elaborado. Reajo a tudo a que me aparece de maneira surreal. Tudo  me parece irreal. E mesmo assim nesta virtualidade sinto-me distante como se a outro universo pertencesse. Mas morto não estou, vivo ainda não sei. Colho o dia como se fosse real aproveitando cada momento para que a minha criação não se desconstrua.

Acrobacias no Arame

Chega a altura de andar no arame sem rede de segurança. Uns empurram-te, outros puxam-te e mesmo assim seguras-te com ambos os pés. Como conseguiste avançar mais um pé, não sabes. Concretizas apenas a primeira etapa. Só ouves agora incitamentos e avisos. "Têm cuidado" dizem uns e completando com "Volta!". "Força, tu consegues!" exclamam uns e surgindo entre aplausos gritos "És o maior!". Destes todos só reparas num grupo que se mantêm calado, olhando e que nunca intervém. Será que se vão rir? Será que sentem compaixão? Perguntas que te passam pela cabeça mas que de nada valem. Seguras-te com unhas e carne para não fazeres má figura. Entretanto nunca sabes o que vai acontecer a seguir.

domingo, 4 de abril de 2010

St.Anger


Hoje sou o dono da raiva, tão irritado e tão fodido que estou que nem Deus nem o Diabo se atreveriam a meter-se à minha frente, deve ser por isso que hoje me sinto mais sozinho que nunca.
Nem Deus, nem o Diabo (tanto um como outro acredito quem andem sempre comigo, um em cada ombro) parecem hoje estar na minha companhia, hoje sinto-me com a força de um titã, no entanto, sei que essa força só provem da puta da raiva que sinto.
Raiva essa que parece ter-me acertado com toda a sua força, quase como uma força divina que se acercou e entrou dentro de mim, parecendo quer ficar durante muito tempo.
Durante o tempo que a raiva estiver dentro de mim irei andar sozinho, pois ninguém me vai conseguir acompanhar na minha luta desenfreada para que a puta saia dentro de mim, só sei que quando a puta sair eu continuarei sozinho, mas ai já terei Deus e o Diabo nos meus ombros para ora um ora outro me darem as indicações de como irei passar as armadilhas dos trilhos da minha vida, pois eu sei que sozinho ou acompanhado eu irei bater no meu destino com tanta força que ele desejará ter sido o destino de outra pessoa e não o meu!

By: Lariato