No primeiro passo há que mostrar que a anarquia é, acima de tudo, uma filosofia política que engloba teorias, métodos e acções que objectivam a eliminação total de todas as formas de governo compulsório. De um modo geral, anarquistas são contra qualquer tipo de ordem hierárquica que não seja livremente aceita e, assim, preconizam os tipos de organizações libertárias. A anarquia não é só uma questão de libertação mas também uma questão de uma responsabilização moral e ética.
Nesta questão temos três tipos de anarquia. Uma anarquia socialista, uma capitalista e outra anarquia apenas pelo prazer da liberdade. Definirei as três aqui. Começarei pela a última.
Uma anarquia pelo prazer da liberdade:
- A anarquia pelo prazer da liberdade é uma anarquia destrutiva em que ninguém, nem o individuo que a pratica nem a sociedade a que pertence, beneficia com esta ideologia.
- Tem como missão dar ao seu praticante aquilo que mais pretende sem olhar a meios, nem mesmo à destruição do seu praticante.
- A liberdade conseguida pelo praticante atacará de tal forma a sociedade que a sociedade atacará o praticante.
- Uma anarquia capitalista tem como fundamento, como numa sociedade capitalista, o sentimento de posse. O sentimento de posse capitalista esta criado num mundo consumista, na qual cada pessoa tenta ter o mais possível e comparar-se ao próximo de modo a superiorizar-se.
- Baseia-se não no conjunto de pessoas capazes de superarem situações mas no culto de um individuo na qual as pessoas seguem sem a critica necessária.
- Ao centrar-se num individuo a sociedade conseguirá evoluir até um certo ponto até que estagnará e devido ao culto formado a sociedade trabalhará não para si própria, mas para o individuo supremo.
- Também devido ao seu consumismo esta sociedade gastará os recursos sem ter planeado a sua própria renovação. (algo semelhante ao presente).
- Uma anarquia socialista é a própria responsabilização moral, em que uma sociedade organiza-se para construir-se a si própria. Em que não é o culto do individuo o mais interessa mas a organização, sem hierarquização de classes, do conjunto de pessoas mais adequadas para a cada trabalho.
- Ao praticamente eliminar o culto do individuo abre-se completamente ao uma sociedade virada para o futuro em comunidade pelo bem geral.
- Ao centrar-se na comunidade e no mais apto para cada função a descriminação e o preconceito serão de tal maneira abalados que se irão auto-destruir.
- A própria sociedade construirá as suas cidades com a organização dos possíveis recursos dados.
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